EVENTO EDUCACIONAL EM SÃO PAULO

RODA DE CONVERSA: ENSINO HÍBRIDO

Como o ensino híbrido pode nos ajudar a melhorar nossas práticas de ensino-aprendizagem para adequá-las ao século em que vivemos?

 

Ensino Híbrido
No palco, os profs José Moran e Armando Valente
Participei, com muito orgulho e satisfação, na quarta-feira, dia 25/03, na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, em São Paulo, de uma roda de conversa sobre ensino híbrido. O evento foi promovido pela Fundação Lemann e o Instituto Península.

Participaram, com depoimentos importantes, José Moran, Armando Valente, Valdenice Minatel, e Glauco Santos com mediação de Lilian Bacich.

Alguns pontos importantes dessa conversa que eu gostaria de destacar: 
  •  A implantação do ensino híbrido nas escolas não é um processo fácil sob vários aspectos.
  • Temos de trabalhar com calma, atenção e monitoramento constante a capacitação docente.
  • Erros fazem parte do processo e acontecerão pelo caminho como tudo que é novo em sua implantação. O importante é não ter medo de errar.
  • Como toda nova cultura, ele deve ser melhor entendido com o máximo de informação possível a respeito para uma aplicação mais efetiva e prazerosa.
  • A quebra do mito que os jovens são "tecnológicos". Muitos deles têm várias dificuldades de lidar com um ambiente em que se usa a tecnologia com relação às competências e habilidades necessárias nesse século. Apenas a utilização de redes sociais e jogos na internet não desenvolvem plenas habilidades tecnológicas como talvez seja senso comum para muitos.
  • Professores não devem ter receio de usar - até mesmo errando no início - a tecnologia. Muitos temem os jovens "tecnológicos". Na verdade, eles são, em sua maioria, usuários de tecnologia e precisam aprender a utilizá-la de verdade, em todo seu potencial, tanto quanto os professores.
  • A rotação - um dos modelos de ensino híbrido - não é novidade. Segundo o professor Moran, ele mesmo o aplicava em suas aulas no final dos anos 80 do século passado e início dos anos de 1990, sem, claro, as tecnologias que temos hoje que potencializam ainda mais esse modelo.
  • A Finlândia, referência mundial em educação, através de políticas públicas, se propõe, até o ano de 2020, a adotar o ensino híbrido como metodologia majoritária no país.
  • Para os gestores que decidirem adotar esse método a sugestão é que seja de modo gradual e não "de cima para baixo" tanto com relação aos professores quanto em relação aos pais e alunos. Tudo tem de ser muito bem pensado com muita informação a todos os envolvidos no processo.
  • Um dos pontos fortes do ensino híbrido é a personalização, além do uso das tecnologias. O acompanhamento do desempenho do aluno durante o processo - o que é inerente ao método, independente do tipo ou modelo escolhido - melhora muito os resultados das avaliações e as tornam mais coerentes com o que é ensinado e aprendido.
Em minha opinião, o ensino híbrido é mais uma opção - e muito interessante - que temos para que nossos alunos aprendam com mais significado e prazer. Existem vários modelos diferentes, uns conhecidos como disruptivos e outros como não-disruptivos.

A intenção desse post não é "ensinar" o que é o ensino híbrido e sim divulgá-lo como mais uma opção de muita qualidade que está a disposição de todos os que vivem no mundo educacional.

Existe um curso (excelente!) - gratuito e online - disponível no site do Veduca produzido pela Fundação Lemann e pelo Instituto Península que eu recomendo a todos que quiserem aprender sobre o assunto. Há, inclusive, a possibilidade de obtenção de certificado. Fica a dica!

Eu já era entusiasta do ensino híbrido, mas depois dessa conversa com os maiores especialistas no tema, fiquei ainda mais. Vale a pena conhecê-lo em detalhes, como ele funciona e como fazer para implantá-lo em sua escola.

By Prof. Carlos Sanches

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